terça-feira, 7 de maio de 2013

Um brasileiro na direção da OMC

Por Altamiro Borges

O brasileiro Roberto Azevêdo foi escolhido nesta terça-feira (7) para ser o próximo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em votação no comitê de seleção do órgão internacional, após quatro meses de sondagens, ele derrotou o mexicano Hermínio Blanco, apoiado pelos EUA e Europa. O resultado representa uma vitória dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e um revés das principais potências imperialistas do planeta. A presidenta Dilma Rousseff comemorou a indicação do brasileiro. Vale conferir a nota oficial do Palácio do Planalto:

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O governo brasileiro recebe com satisfação a escolha do embaixador Roberto Azevêdo para Diretor-Geral da Organização Mundial do Comércio.

Ainda sofrendo os efeitos da crise mundial iniciada em 2008, caberá à OMC nos próximos anos dar um novo, equilibrado e vigoroso impulso ao comércio mundial, fundamental para que a economia entre em novo período de crescimento e justiça social.

Ao apresentar o nome do Embaixador Azevêdo para esta alta função, o Brasil tinha claro que, por sua experiência e compromisso, ele poderia conduzir a Organização na direção de um ordenamento econômico mundial mais dinâmico e justo.

Essa mensagem foi entendida por expressiva maioria e, por esta razão, agradeço o apoio que nosso candidato recebeu de governos de todo o mundo nas três rodadas de votação. Essa não é uma vitória do Brasil, nem de um grupo de países, mas da Organização Mundial do Comércio.


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Mídia colonizada e o “rola-bosta”

Já a mídia colonizada, que sofre do complexo de vira-lata, tentou desqualificar a eleição do brasileiro. Segundo o sítio do Estadão, “pela primeira vez desde o pós-guerra, um posto de liderança global estará nas mãos do Brasil. A vitória é, para muitos dentro do Itamaraty, uma coroação dos esforços da diplomacia em colocar o país em um posto de protagonismo mundial, ainda que Azevêdo esteja assumindo hoje uma entidade fracassada e com sua credibilidade em seu nível mais baixo. A vitória será também usada como instrumento para insistir que o Brasil não é apenas o representante dos países emergentes, mas que está pronto e está sendo aceito por todos como uma potência capaz de atender aos interesses de todos, inclusive dos tradicionais polos de poder”.

Mais agressivo, o porta-voz da Veja, Reinaldo Azevedo, rosnou. “Ter conquistado a diretoria-geral da OMC não quer dizer absolutamente nada. O agora escolhido é um dos luminares da área econômica do Itamaraty desde 2005. É, portanto, um dos apóstolos de uma política que deu errado... Azevêdo é um desses evangelistas, que fazem questão de manter o Brasil numa espécie de trilha missionária, quando fica evidente que o mundo tinha feito outra opção. Consta que pode ter tido o apoio de 106 países para ser diretor-geral da OMC. Certamente os pequenos e ressentidos, que também fizeram a escolha errada, contribuíram para essa avalanche de votos”. Como já afirmou o teólogo Leonardo Boff, o blogueiro da Veja é realmente um “rola-bosta”, um capacho do império!

2 comentários:

Laerte Magalhães disse...

Será que esta opção que o rola-bosta de Veja diz que o mundo fez, e que é diferente da opção que o Brasil faz, foi pela crise? Sim, porque o mundo que ele adora está em crise faz tempo.

Ignez disse...

Desde que Lula assumiu a presidência o Brasil foi reconhecido como protagonista no cenário internacional. Com muito orgulho de todos os brasileiros que torcem por este país comemoramos a nossa vitória. Os rola-bostas, entreguistas, os abengalados na subserviência ao império belicista e golpista do norte, e aos aferrados ao ódio de classe continuarão a sofrer revezes. VIVA O BRASIL, VIVA DILMA, VIVA LULA, VIVA O PT, VIVA O POVO BRASILEIRO!