domingo, 10 de junho de 2012

Mensalão tucano e o silêncio da mídia

Por Altamiro Borges

Na quarta-feira passada (6), finalmente o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu incluir na pauta o debate sobre o “mensalão tucano”, o esquema utilizado para alimentar a campanha pela reeleição do governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998. A mídia, porém, não deu qualquer destaque ao assunto. Algumas notinhas informaram apenas que o “mensalão mineiro” também deverá ser julgado em breve – a imprensa demotucana evita, por razões óbvias, falar em “mensalão tucano”.


O caso é bastante emblemático. Ele serve para comprovar a seletividade da chamada grande imprensa. O escândalo surgiu bem antes das denúncias contra o PT. A própria Procuradoria-Geral da República, ao encaminhar o caso ao STF em novembro de 2007, afirmou que o esquema foi “a origem e o laboratório” do “mensalão do PT”. Ele teria sido armado pelo mesmo publicitário Marcos Valério, que montou o famoso “valerioduto” para financiar campanhas eleitorais com recursos públicos e doações de empresas privadas.

"Problemas na prestação de contas"

Segundo o Ministério Público Federal, o esquema usado na campanha frustrada pela reeleição de Eduardo Azeredo, derrotado na época por Itamar Franco, foi financiado com recursos da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais) e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais). Cerca de R$ 3,5 milhões foram repassados à agência de publicidade de Marcos Valério, a SMP&B, e depois serviram para irrigar o caixa dois da campanha do tucano mineiro.

Numa entrevista à Folha, em setembro de 2007, o próprio Eduardo Azeredo, hoje deputado federal do PSDB, confirmou que teve “problemas na prestação de contas da campanha”. Mas, diante das denúncias, ele fez questão de dizer que os recursos “não contabilizados” não eram apenas para a sua campanha, “mas dos partidos coligados e que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República”. E confirmou que “parte dos custos” da campanha pela reeleição de FHC foi bancada por seu comitê eleitoral.

Os corredores lúgubres do Judiciário

Apesar das inúmeras provas documentais sobre a existência do esquema ilegal, até hoje o STF protelava o seu julgamento e a mídia fazia de conta que ele não existia. A “faca no pescoço”, utilizada para acelerar o julgamento do “mensalão do PT”, nunca foi usada para apressar o julgamento do “mensalão tucano”, bem mais antigo. Será que agora os ministros do STF vão finalmente julgar o caso? Ou ele permanecerá “passeando pelos corredores lúgubres do Judiciário”, como indaga o blogueiro Antônio Mello.

23 comentários:

José da Mota disse...

meus comentários não aparecem?

Regina disse...

Midia= dois pesos e duas medidas.

José da Mota disse...

* Valendo para ambos os mensalões, no fundo idênticos políticamente.*
* Terceiro comentário repetido para um terceiro novo artigo sobre o tema.

Parte 1: Como a um papagaio, leia bem antes de soltar o verbo com cachorradas, tem asa e bico, mas é papagaio, mas gosto dos tucanos também, ambas são aves que representam maravilhosamente o Brasil. Vou repetir pela terceira vez comentário que deixei ela primeira vez aqui mesmo, em outro artigo, provando que a mídia não influência o STF, de nenhum dos lados, da mídia, e que são tantos.

Parte 2: Parte nova incluída nesta repetição: Quanto ao julgamento de evidenciar mais Zé Dirceu do que o próprio mensalão é questão de obviedade política, sua importância se iguala à do Lula e da Dilma no PT. Mas que tipo de homens estamos julgando? Pergunta tanto para Azeredo quanto para Dirceu. Seriam homens que desviaram dinheiro para enriquecimento pessoal, no caso, de caixa 2 de campanha eleitoral que a maioria dos partidos brasileiros usou até àquela época, no mínimo. Ao fim deste comentário deixo uma incógnita a respeito.

Parte 3: Para encorajar-nos à não pré-julgar alguns dos ministros e à leitura de uma consideração do mais polêmico entre eles na atualidade, vou descrever logo abaixo um pequeno poema de Shakespeare.

Não é merecedor do favo de mel aquele que evita a colméia porque as abelhas têm ferrões.
William Shakespeare

José da Mota disse...

Parte 4: Agora ao comentário, de quem merece favos de mel, como aos leitores dele. Aproveitando outro tema em evidência, o da comissão da verdade com principalmente o caso Wladimir Erzog, deixei comentário no Blog da Maria Frô e do Mino Carta. Justamente sobre um artigo de Mino Carta que Maria Frô o reproduziu em seu Blog.

Parte 5: Tema e que gerou muita polêmica pois eram verdades guardadas no fundo do Baú de participação da Imprensa na história da ditadura do Brasil (talvez a mais importante caixa de pandora desta história à ser aberta à descoberta). O que não vem ao caso agora, por que o tem haver é Zé Dirceu e STF.

Parte 6: É sobre o papel fundamental e definitivo para permanencia de nossa democracia até os dias de hoje, do STF e seus ministros, com tendências de votos contras ou à favor à princípio na época sob pressão para o mensalão do PT.
Destacando pessoalmente um deles, Gilmar Mendes (para quem Lula e PT devem gratidão eterna e a maioria ainda não o reconhece e age assim, injustiçando-o.),

José da Mota disse...

Parte 7: por além de heroicamente como todos os outros seus pares não se deixou levar pela pressão da impressa que, levou à popular e assim tentou quebrar os trâmites legais do judiciário para condenar sem direito de defesa, à revelia, os réus do chamado mensalão do PT.
Ferindo o princípio básico de todos os brasileiros, um dos pilares da democracia, o direito à defesa. Quando o STF definiu corajosamente os rumos do Brasil e principalmente, concretou para eternamente, o direito de defesa independentemente dos apelos e pressões da impressa e por consequência populares.

Parte 8: E porque faço um destaque especial à Gilmar Mendes, porque durante todos estes anos foi o ministro que chamou para si a responsabilidade pelo cumprimento do prazo para o processo perante a imprensa e a população, aceitou o ônus da causa heroicamente, sem em momento algum recuar.
E por mais uma vez os brasileiros conscientes esperam a mesma postura do STF, votar o mensalão do PT dentro do prazo legal necessário sem atender aos apelos e pressões de alguns da imprensa, dando direito de defesa aos réus e principalmente, julgá-los de acordo com os laudos.

Parte 9: Particularmente acho que todos os mensalões foram armadilhas políticas mal plantadas, mas com o interesse de divulgação política do que a preocupação de resolver o problema de má versação de verbas de campanha, legais ou ilegais e menos ainda o de resolver o problema da corrupção no País.

José da Mota disse...

Parte 10: Tudo não passou de um golpe na tentativa tanto, no caso do mensalão mineiro, derrubar Eduardo Azeredo do poder, quanto, no caso do PT, derubar Lula já imediatamente do poder ou no mínimo destruí-lo politicamente em a sua próxima eleição, derrubá-lo.
Parte 11: Não esta em jogo mais aqui se PT e aliados vão vencer a oposição e vice-versa, e, sim, se o STF vai mais uma vez ser o salvador de nossa democracia. Vai impor a independência dos nossos três poderes. Vai salvar o Brasil da pressão da imprensa e respeitar o princípio básico de sobrevivência de todo cidadão brasileiro, o seu direito de defesa.
A história um dia dirá: Salve! STF Brasileiro, o Brasil lhes têm gratidão eterna por salvarem nossa democracia em seu momento mais delicado.

Parte 12: Quem são esses homens que estão sendo julgados? Homens que ficaram milionários porque desviaram verbas do estado para enriquecimento próprio? Ou homens patriotas que dentro do regime, legal ou contravencional defenderam a bandeira filosófico politica que acreditavam que era o melhor para toda uma nação?
José da Mota.

José da Mota disse...

Novamente meus comentários não apareceram, talvez falha minha por ultrapassar a quantidade máxima de caracteres. Vou enviá-los novamente na sequência e procurando atender os limites impostos pelo sistema.

José da Mota disse...

* Terceiro comentário repetido para um terceiro novo artigo sobre o tema.

Parte 1: Como a um papagaio, leia bem antes de soltar o verbo com cachorradas, tem asa e bico, mas é papagaio, mas gosto dos tucanos também, ambas são aves que representam maravilhosamente o Brasil. Vou repetir pela terceira vez comentário que deixei ela primeira vez aqui mesmo, em outro artigo, provando que a mídia não influência o STF, de nenhum dos lados, da mídia, e que são tantos.

José da Mota disse...

Parte 2: Parte nova incluída nesta repetição: Quanto ao julgamento de evidenciar mais Zé Dirceu do que o próprio mensalão é questão de obviedade política, sua importância se iguala à do Lula e da Dilma no PT. Mas que tipo de homens estamos julgando? Pergunta tanto para Azeredo quanto para Dirceu. Seriam homens que desviaram dinheiro para enriquecimento pessoal, no caso, de caixa 2 de campanha eleitoral que a maioria dos partidos brasileiros usou até àquela época, no mínimo. Ao fim deste comentário deixo uma incógnita a respeito.

José da Mota disse...

Parte 3: Para encorajar-nos à não pré-julgar alguns dos ministros e à leitura de uma consideração do mais polêmico entre eles na atualidade, vou descrever logo abaixo um pequeno poema de Shakespeare.

Não é merecedor do favo de mel aquele que evita a colméia porque as abelhas têm ferrões.
William Shakespeare

José da Mota disse...

Parte 4: Agora ao comentário, de quem merece favos de mel, como aos leitores dele. Aproveitando outro tema em evidência, o da comissão da verdade com principalmente o caso Wladimir Erzog, deixei comentário no Blog da Maria Frô e do Mino Carta. Justamente sobre um artigo de Mino Carta que Maria Frô o reproduziu em seu Blog.

José da Mota disse...

Parte 5: Tema e que gerou muita polêmica pois eram verdades guardadas no fundo do Baú de participação da Imprensa na história da ditadura do Brasil (talvez a mais importante caixa de pandora desta história à ser aberta à descoberta). O que não vem ao caso agora, por que o tem haver é Zé Dirceu e STF.

José da Mota disse...

Parte 6: É sobre o papel fundamental e definitivo para permanencia de nossa democracia até os dias de hoje, do STF e seus ministros, com tendências de votos contras ou à favor à princípio na época sob pressão para o mensalão do PT.
Destacando pessoalmente um deles, Gilmar Mendes (para quem Lula e PT devem gratidão eterna e a maioria ainda não o reconhece e age assim, injustiçando-o.),

José da Mota disse...

Parte 7: por além de heroicamente como todos os outros seus pares não se deixou levar pela pressão da impressa que, levou à popular e assim tentou quebrar os trâmites legais do judiciário para condenar sem direito de defesa, à revelia, os réus do chamado mensalão do PT.
Ferindo o princípio básico de todos os brasileiros, um dos pilares da democracia, o direito à defesa. Quando o STF definiu corajosamente os rumos do Brasil e principalmente, concretou para eternamente, o direito de defesa independentemente dos apelos e pressões da impressa e por consequência populares.
survinc1117

José da Mota disse...

Parte 8: E porque faço um destaque especial à Gilmar Mendes, porque durante todos estes anos foi o ministro que chamou para si a responsabilidade pelo cumprimento do prazo para o processo perante a imprensa e a população, aceitou o ônus da causa heroicamente, sem em momento algum recuar.
E por mais uma vez os brasileiros conscientes esperam a mesma postura do STF, votar o mensalão do PT dentro do prazo legal necessário sem atender aos apelos e pressões de alguns da imprensa, dando direito de defesa aos réus e principalmente, julgá-los de acordo com os laudos.

José da Mota disse...

Parte 9: Particularmente acho que todos os mensalões foram armadilhas políticas mal plantadas, mas com o interesse de divulgação política do que a preocupação de resolver o problema de má versação de verbas de campanha, legais ou ilegais e menos ainda o de resolver o problema da corrupção no País.

José da Mota disse...

Parte 10: Tudo não passou de um golpe na tentativa tanto, no caso do mensalão mineiro, derrubar Eduardo Azeredo do poder, quanto, no caso do PT, derubar Lula já imediatamente do poder ou no mínimo destruí-lo politicamente em a sua próxima eleição, derrubá-lo.

José da Mota disse...

Parte 11: Não esta em jogo mais aqui se PT e aliados vão vencer a oposição e vice-versa, e, sim, se o STF vai mais uma vez ser o salvador de nossa democracia. Vai impor a independência dos nossos três poderes. Vai salvar o Brasil da pressão da imprensa e respeitar o princípio básico de sobrevivência de todo cidadão brasileiro, o seu direito de defesa.
A história um dia dirá: Salve! STF Brasileiro, o Brasil lhes têm gratidão eterna por salvarem nossa democracia em seu momento mais delicado.

José da Mota disse...

Parte 12: Quem são esses homens que estão sendo julgados? Homens que ficaram milionários porque desviaram verbas do estado para enriquecimento próprio? Ou homens patriotas que dentro do regime, legal ou contravencional defenderam a bandeira filosófico politica que acreditavam que era o melhor para toda uma nação?
José da Mota.

José da Mota disse...

Foi se assim ao enviar tantos comentários por problema de espaço limitado para eles, que, encerro mais uma tentativa de auxiliar a fazer justiça. Inocentando todos aqueles que como a maioria dos políticos brasileiros um dia se viram obrigados a participar por uma questão de sobrevivência, de única opção de operacionalização do financiamento de uma campanha eleitoral. A não declaração da arrecadação para tanto, por falta de instrumentos em algumas épocas.
Sem mesmo saber porque, faço isto tanto por Azeredo quanto por Zé DIrceu. Principalmente por princípio, contra a hipocrisia.
José da Mota.

José da Mota disse...

Silencio da mídia?

Anônimo disse...

Um processo político tido por democrático, poderia estar contido numa fórmula pacífica de conviver, onde valores como a dignidade deveria ser respeitada, o que incluiria liberdade de opinião e outras condições mais objetivas como saúde, educação, habitação, basicamente um Estado de Direito!

Porém, este processo pode ser vulnerável pela atuação daqueles que usam indevidamente das faculdades que este mesmo processo faculta! Ou seja, dos que desejam tomar o poder e impor suas convicções ideológicas, ou de populistas irresponsáveis que ambicionam satisfazer suas ambições pessoais!

No primeiro grupo, estão os marxistas e os nazistas sob diversos disfarces, genocidas dos judeus e dos kulacs! No segundo, estão todos os tipos dos mais reles ditadores. Em nosso contexto doméstico, o PT foi o partido que absorveu estas tendências políticas, a ideológica e a ditatorial! Com uma postura que vai desde um ideário difuso socialista, marxista, leninista, trotquista, maoísta ou cristão, até uma posição absolutista e corrupta! Vide a compra de parlamentares para que aprovassem os projetos do governo, o mensalão, que foi transformado pelo Lula num outro sistema igualmente corrupto, que atribuía a cada partido da base aliada um ministério para que fosse saqueado como fonte de recursos! Nenhum petista poderá negar que sete ministros foram exonerados por estes motivos!

Confirmando esta vocação do PT, recentemente vimos o Lula conspirando mesquinha e secretamente contra o Estado de Direito ao tentar procrastinar o julgamento do mensalão, como se fosse o dono da nação! E mais! No programa do Ratinho afirmou categoricamente que irá impedir que qualquer outro, senão ele, venha ocupar o cargo de presidente da República! É de se perguntar: na cabeça do Lula onde ficam os eleitores? Foram jogados na lata do lixo!

Enfim, os recados do PT têm sido explícitos! Lula está anunciando como Hitler em Mein Kampf, que pretende tomar o poder e ficar nele para implantar um sistema populista irresponsável sustentado por mídias “chapas brancas” ou por pelegos corruptos (vide a UNE) que usufruem deliciosamente das benesses do Poder – tudo isto às custas do povão! “Que beleza, mas que beleza...” como diria o simples cidadão!

Att. Eugênio José Alati

Em tempo: não esqueçam de saudarem o Lula como se ele fosse o novo “Führer”, com o braço direito levantado!

Anônimo disse...

Como é babaca. Se vai comparar Lula com alguém, pelo menos faça com alguém que também foi da esquerda, tipo Stalin.

Já que a lei de Godwin foi invocada, não resta mais nada a ser dito.