sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A dor de cotovelo de Miriam Leitão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A coluna de Miriam Leitão hoje, em O Globo, não é, certamente, nada que deva entrar no cardápio da ceia de Ano Novo. Porque é fel puro, algo tão evidentemente odioso que entra nas raias da irracionalidade e do ridículo.

Ela desdenha da situação de solidez das contas públicas brasileiras – Brasil, vocês sabem, é aquele país que há nove anos pedia seguidos perdões (waivers) ao FMI e onde o presidente submetia os candidatos à eleição presidencial a concordarem publicamente com uma nova estendida de pires financeiro – como se vivêssemos no paraíso e, de lá para cá, governantes irresponsáveis nos tenham atirado na caótica situação de sermos a sexta economia do mundo.

O ano do grande naufrágio da Europa

Por Eric Nepomuceno, de Buenos Aires, no sítio Carta Maior:

Uma das grandes marcas do ano que termina veloz, voraz e sombrio, é a de uma Europa que naufraga aos sabores do apetite incansável do mercado financeiro. A prepotência imperial de uma Alemanha implacável somou-se aos ares napoleônicos de um francês insosso e furtivo para pôr ordem na casa, ao preço que for.

A luta contra o capital financeiro

Por João Novaes, no sítio Opera Mundi:

No fim da década de 1990, enquanto os governos e a opinião pública mundial defendiam em uníssono os princípios mais extremos do liberalismo, um jornalista espanhol radicado na França ousou desafiar esses conceitos. Diretor da tradicional revista Le Monde Diplomatique desde 1991 (cargo que ocupou até 2008) esteve na linha de frente do ativismo altermundialista. Um editorial seu de 1997 influiu na criação do grupo anticapitalista Attac (Associação pela Taxação de Transações Financeiras para Ajuda aos Cidadãos), cujo objetivo de cobrar um imposto ao mundo das finanças foi duramente atacado na época.

E se Lula processasse os difamadores?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Vale refletir sobre as únicas notícias que a mídia deu sobre o livro-bomba da política, ou seja, as versões e as ameaças de tucanos contra a obra e seu autor. Foi assim com matéria do UOL veiculada ontem que finalmente se rendeu ao fato de Privataria ter se tornado o maior Best-seller político do século, no Brasil. Notícia, aliás, que não foi para a edição impressa da Folha.

Crise capitalista e lutas dos povos

Editorial do sítio Vermelho:

O ano de 2011 termina com a situação internacional marcada por insanáveis contradições econômicas e políticas. Os aspectos mais salientes e indissociáveis são o aprofundamento da crise multidimensional do capitalismo e a intensificação da ofensiva militarista e belicista do imperialismo norte-americano e seus aliados da União Europeia. A guerra contra a Líbia foi, durante o ano que se encerra, a mais brutal manifestação dessa ofensiva.

2011: o ano das bicadas no PSDB

Por Altamiro Borges

Duas entrevistas recentes confirmam que 2011 foi um péssimo ano para o PSDB, o partido dos neoliberais tupiniquins. Apesar dos 43,7 milhões de votos obtidos por José Serra na eleição presidencial e da conquista de seis governos estaduais, a sigla atravessa uma grave crise interna, talvez a maior da sua história. As bicadas tucanas são cada vez mais sangrentas e o partido está à deriva!

Venezuela e os novos desafios

Por Beto Almeida

A semana que antecedeu o Natal em Caracas, permitiu observar aspectos importantes da cena política e social venezuelana, bem como compreender a dimensão dos desafios que a Revolução Bolivariana tem pela frente para seguir aprofundando um conjunto de medidas de sentido socialista.

Pois foi no período natalino, quando mais se pronuncia - e em grande parte em vão - a palavra solidariedade, que a Revolução Bolivariana se destaca por renovar a ajuda que, há oito anos, é destinada a comunidades pobres dos EUA, por intermédio da empresa estatal Citgo, subsidiária da PDVSA, a Petrobrás venezuelana. A cada inverno no hemisfério norte, que costuma ser rigoroso e causar mortes entre as famílias mais pobres, o governo Chávez doa um estoque de combustíveis para milhares cidadãos carentes de várias cidades dos EUA usarem em seu aquecimento doméstico.