segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Serra some e Alckmin faz demagogia

Por Altamiro Borges

Só mesmo a mídia, com a sua escandalização da política, para salvar a decadente oposição demotucana. Prova disto é o seminário do PSDB que ocorre hoje no Rio de Janeiro. José Serra nem sequer apareceu em sinal de protesto. Já seu principal desafeto no ninho tucano, o governador Geraldo Alckmin, aproveitou para fazer demagogia e para lançá-lo à prefeitura da capital paulista.



“Serra é um dos melhores quadros do PSDB, uma liderança nacional. Ao que ele for (candidato), terá nosso apoio”, disse Alckmin, com a sua cara de picolé de chuchu. Nos bastidores, porém, crescem as bicadas tucanas. Aliados de Serra, como o senador Aloysio Nunes, criticam no twitter a direção do partido. No outro pólo, alckministas e aecistas se unem para isolar o ex-presidenciável.

Bicadas por espaço na legenda

O evento do PSDB, com o título pomposo de “a nova agenda – desafios e oportunidades para o Brasil”, não conseguiu esconder a crise interna. Segundo a própria Folha, Serra sabotou o evento. “Preterido para o comando do Instituto Teotônio Vilela (ITV), ele trava embates por espaço na legenda. Aliados disseram que o seminário foi montado para alavancar a pré-candidatura de Aécio Neves”.

Com mais esta desastrosa tentativa de unir o PSDB, sobrou para o seminário reunir os saudosos do triste reinado de FHC e repetir as velhas teses neoliberais de desmonte do estado, da nação e do trabalho. Entre os conferencistas, os ex-presidentes do Banco Central Pérsio Arida, Armínio Fraga e Gustavo Franco, que hoje prestam serviços para os agiotas financeiros.

Velharia neoliberal

Tasso Jereissati, presidente do ITV que levou uma surra na disputa para o Senado no Ceará, ainda tentou justificar o encontro. “A agenda que se tem hoje é a que o partido formulou há quase 20 anos. Depois disso não se pensou mais o país”, confessou. Do seminário, porém, não devem sair idéias novas, mas apenas a repetição da velharia neoliberal hoje desmoralizada no Brasil e no mundo.

1 comentários:

Ricardo MA disse...

Me permita "corrigir" seu texto.
Onde se lê velharia neoliberal, leiam velhaCARIA neoliberal.