quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Amorim dá um baile na Cantanhêde

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vou lhe repassar uma pergunta que me foi feita por um oficial: e se fosse um general mandando no Itamaraty, os diplomatas iriam gostar?


Os diplomatas são muito disciplinados, a tradição era que os ministros não fossem da carreira e houve mesmo um que vinha da carreira militar, o general da reserva Juracy Magalhães. Então, o importante é ser patriota, ter humildade para ouvir e capacidade para decidir.


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O interrogatório, digo, a entrevista a que foi submetido o Ministro da Defesa, Celso Amorim, pela jornalista Eliane Catanhede, na Folha. Vale a pena ser lida, porque é um festival de dribles de fazer inveja a Mané Garrincha. A entrevistadora vai para cima dele com uma disposição, digamos, de zagueiro russo, e leva várias como essa aí.

Que é um recado para os bons entendedores.

Juracy, como se sabe, é o autor da frase símbolo do capachismo colonial: “O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”. Mais: foi informante do FBI americano e conspirou contra o seu ex-patrono, Getúlio Vargas.

Foi para a UDN e terminou ministro da “Justiça” do golpe de 1964.

Dona Catenhede precisa comer muita massa cheirosa até poder pretender terçar armas com Celso Amorim.

1 comentários:

Ines Ferreira disse...

Excelente este texto do Santayana, como tudo o que ele escreve. Sabe por quê? Porque ele é um patriota acima de tudo. Como ele diz no próprio texto, no governo do FHC nossas estatais foram vendidas (ou dadas, já que os valores usados foram vergonhosos) por países que agora estão na bancarrota. Acho, inclusive, que a idéia de usar nossas reservas para tentar comprar mais participações nestas empresas vendidas a preço de bananas agora que as ações estão desvalorizada, excelente.
Parabéns para ele pelo texto e para você pela postagem.