sábado, 9 de outubro de 2010

As mulheres que Serra vai mandar prender





Reproduzo importante alerta do jornalista Luiz Carlos Azenha, publicado no blog Viomundo:

O Brasil é um país hipócrita. O aborto, embora ilegal no papel, é prática cotidiana. Mulheres com poder aquisitivo procuram clínicas e hospitais que existem em todas as grandes cidades. Quem não tem dinheiro — e, portanto, acesso aos hospitais — se vira.

Um grave problema de saúde pública. O aborto, na prática, já é descriminalizado. Qual foi a última mulher brasileira que foi parar na cadeia por causa de um aborto?

Ao promover, no Brasil, a aliança político-eleitoral que elegeu Ronald Reagan e George W. Bush nos Estados Unidos — da extrema-direita com religiosos conservadores –, José Serra abre espaço para um futuro preocupante.

Se chegar ao Planalto, será pressionado para colocar na cadeia todas as mulheres que admitiram ter cometido o crime. Será pressionado para fechar hospitais e clínicas, prender médicos e as mulheres de classe média que fizeram aborto.

Eu vi isso acontecer nos Estados Unidos, onde o aborto é legal: fanáticos religiosos cercando clínicas, perseguindo e atacando médicos e pacientes.

É isso o que queremos para o Brasil? Leis ditadas não pelo Congresso, mas por extremistas religiosos que não tiveram um voto sequer?

Repito: para tentar ganhar a eleição, José Serra tomou um caminho lamentável, que ameaça os direitos civis de todos os brasileiros e que contribui para solapar o estado laico.

PS do Viomundo: Todas as clínicas dispõe de arquivos de pacientes. Nos Estados Unidos, era isso o que os fanáticos queriam, ao queimar clínicas: acesso aos arquivos.

Com a colaboração da NovaE e do Escrevinhador, seguem algumas das mulheres que estariam sujeitas a passar de um a três anos na prisão [no topo da página]:

Para além disso, é preciso lembrar que quem combate o aborto jamais teria assinado as normas técnicas para implantá-lo no Sistema Único de Saúde (SUS), como José Serra fez quando ministro da Saúde.

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3 comentários:

Anônimo disse...

Não deixem crescerem boatos contra Dilma,entre em contato com:
espalheaverdade@dilmanarede.com.br

Eduardo Marins disse...

Tai o ponto central. O PT resolve fazer uma campanha limpinha.

Basta falarmos o que Lula fez que a eleição está no papo. Besteira.

Fofoca corre mais depressa, e o povo sempre gostou de fofoca, a repetição da fofoca toda hora, na internet, na televisão, no horário eleitoral com Serra com a maior cara de pau tirando o dele da reta e colocando a Dilma como a pessoa mais canalha e mentirosa da face da Terra. O povo acredita sim, e não é pessoa sem cultura, na minha academia em Copacabana o nível de instrução é elevado e a conversa sempre gira em torno de politica e infelizmente hoje a maioria acha a Dilma uma vagabunda e que vier ser eleita só será por causa do Lula. Não pensavam assim há 3 meses atrás, mas de tanto falarem mal dela e não haver uma defesa deu nisso. Não falo em defesa ela ir para a televisão e mostrar que estão mentindo em relação a ela, mas esses caras tem que mostrar a biografia correta do Serra, enfim se não fizer isso, blaublau, já era irmãozinho, o Serra será eleito e a imprensa irá segurá-lo por 8 anos. Basta manter alguns programas socias do Lula e deixar o barco correr.

Anônimo disse...

A campanha suja não vai parar. Cada uma tira um tequinho dos votos (vide sua secretária).
E, mantendo meu raciocínio anterior. O que o Lula podia transferir, já transferiu. Insistir na campanha de transferência não surtirá efeito. A diferença teria de ser tirada pela Dilma, dos votos da Marina. Ela não parece ter essa capacidade.
Bater no FHC tampouco ajuda, porque o eleitorado da marina não é ideológico, além de ser jovem (para eles FHC não existiu e as mudanças pós-Lula estão naturalizadas (sempre estiveram aqui e continuarão, não importa quem venha)).
E, somando isso à sangria Católica- evangélica, não vejo solução.
A única remota esperança é que o marqueteiro do PT apareça com uma novidade estratégica boa e forte, que eu não imaginno qual seria (mas não sou marqueteiro).

Maurício